Qual
será o ingrediente vital que um planeta morto, como a Terra primitiva, deve
ter para que tenha hipótese de vir a ter vida, como aconteceu com o nosso
planeta?
Não
se trata de qualquer substância, mas sim de uma propriedade – a propriedade da
auto-replicação – ingrediente básico da seleção cumulativa. O principal
candidato é o ARN. Esta molécula pode replicar-se de forma espontânea, se bem
que muito lentamente. Precisa de uma substância catalisadora, como por exemplo
o Zinco. Isto é importante, pois nos primórdios não deveria haver enzimas, mas
é bastante provável que houvesse Zinco… As
“máquinas” replicadoras não “sabem” porque produzem moléculas de ARN;
limitam-se a replicar-se e pronto. Mesmo que tivessem capacidade para pensar,
não há nenhuma razão evidente para que uma entidade pensadora devesse sentir-se
motivada a fazer cópias de si própria.
A
seleção cumulativa é a chave de todas as nossas explicações modernas sobre a
vida. Ela pode produzir complexidade, enquanto a seleção de passo único não
pode. Arranjar
um conceptor sobrenatural para a origem da máquina ADN/Proteína é não explicar
rigorosamente nada, porque deixa por explicar a origem do conceptor! Se dizemos
que Deus/deuses sempre existiram, então porque não dizer o mesmo do ADN
ou da vida?
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