Não pretendo
defender o atleta Lance Armstrong (o próprio já admitiu a culpa), nem fazer juízos de valor sobre o mesmo...pretendo, apenas, levantar algumas questões paralelas ao caso.
Um olhar mais descuidado, pode dar-nos a ideia que há dois lados bem
definidos: o do bom (os outros) e o do mau (Armstrong), como se fosse possível ser assim tão
simples.
Ele fez mais de duzentos exames antidoping durante uma década de competições internacionais e ainda por cima nas provas mais importantes do mundo...E nunca foi apanhado? A pergunta a fazer é, antes, como foi tudo isto possível?
E o que dizer dos patrocinadores? Enquanto Armstrong ganhou, os patrocinadores não quiseram saber de que forma o fazia...O importante é que a sua imagem vendia. Agora que caiu em desgraça, é vê-los a fugir qual ratos que abandonam o navio naufragado...
Ele fez mais de duzentos exames antidoping durante uma década de competições internacionais e ainda por cima nas provas mais importantes do mundo...E nunca foi apanhado? A pergunta a fazer é, antes, como foi tudo isto possível?
E o que dizer dos patrocinadores? Enquanto Armstrong ganhou, os patrocinadores não quiseram saber de que forma o fazia...O importante é que a sua imagem vendia. Agora que caiu em desgraça, é vê-los a fugir qual ratos que abandonam o navio naufragado...
É o neoliberalismo
desenfreado que “alimenta” esta busca incessante pelo desempenho, pela vitória
e pela excelência - tendo como finalidade última o lucro, sempre ele... Muitos, seguindo Maquiavel, pensam que os fins (ganhar),
justificam os meios (doping, batota, roubo...). Se tivessem lido, antes, Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a
excelência, mas sim a felicidade... Armstrong descobriu-o, aparentemente, já depois dos 40!
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