Inicialmente Darwin preocupou-se com a questão da origem da vida. Acabou por abandonar este problema, ciente que não podia avançar nesta área, mas tal não o impediu de avançar para a solução do mecanismo evolutivo. O facto de desistir de explorar a origem da vida não significa, no entanto, que Darwin pensasse que este aspecto estava fora do domínio da Ciência.
Por outro lado, Darwin recordou a leitura da obra de Malthus como experiência decisiva, mas "só" pelo facto de a ter lido no momento certo, isto é, quando já estava conceptualmente preparado para a utilizar produtivamente.
Do supracitado, podemos aferir duas conclusões:
- Muitas vezes o avanço científico deve-se não só à percepção de quais as problemáticas solúveis, mas também quais as impossíveis de solucionar com os dados disponíveis;
- Há conhecimentos que só são produtivos em determinadas circunstâncias ou quando complementados com outros.
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