Ao rigor e
univocidade das ciências - com os seus modelos formais e a sua contenção
simbólica - opõe-se o gosto pela ambiguidade e paradoxo das linguagens
polissémicas da fé, aptas à exploração simbólica e à proliferação dos
sentidos.
Na ciência os pontos de partida são "dúvidas" e "questões", na religião são "respostas". As metodologias são também diferentes; as ciências operam "debaixo para cima", enquanto que os discursos de fé partem "de cima para baixo", das verdades reveladas para o mundo do vivido pessoal. Daqui se depreende uma imagem de autonomia e de incomensurabilidade entre estes dois "jogos do saber".
Na ciência os pontos de partida são "dúvidas" e "questões", na religião são "respostas". As metodologias são também diferentes; as ciências operam "debaixo para cima", enquanto que os discursos de fé partem "de cima para baixo", das verdades reveladas para o mundo do vivido pessoal. Daqui se depreende uma imagem de autonomia e de incomensurabilidade entre estes dois "jogos do saber".
Daí não ser de estranhar que quando o arcebispo
de Canterbury pediu ansiosamente a Einstein, em Julho de 1921, que lhe
explicasse em primeira mão, qual o impacto da teoria da relatividade sobre a
religião, aquele lhe respondeu:
"Nenhum efeito. A relatividade é uma teoria puramente científica e não tem nada a ver com a religião".
Adaptado de Da Epistemologia à
Biologia, Maria Manuel Araújo Jorge
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