Quando
a rocha fundida solidifica, o campo magnético da Terra fica impresso nela, sob
a polarização de cristais (magnetite, entre outros) que compõem a rocha ígnea. Os
cristais comportam-se como pequenas agulhas de bússola congeladas, presas na
direcção que indicavam no momento em que a lava fundida solidificou. O
pólo magnético terrestre não é fixo, pois ao longo do tempo têm ocorrido
inversões de polaridade. O campo magnético num determinado momento da História
da Terra, fica, assim, fossilizado nas amostras de rochas que se formam
nesse momento. Por este motivo, ao analisarmos a polaridade das rochas do
fundo do oceano Atlântico verificamos que se dispõem em faixas sucessivas com
polaridade normal e inversa. As rochas cujos minerais "apontam"
para o pólo magnético atual têm polaridade normal. As rochas com minerais que
"apontam" para o lado oposto ao do pólo magnético atual têm, então,
polaridade inversa. Se efetuassemos uma viagem de barco entre a costa
da América do Sul e de África e, em simultâneo, estudássemos a idade das rochas
do fundo oceânico constataríamos um padrão interessante. A
cerca de 700 km da costa Brasileira o fundo do mar teria 65 milhões de anos. A
tendência para termos rochas cada vez mais recentes continua à medida que nos
aproximamos do meio do oceano Atlântico. No centro (rifte), as rochas são tão
recentes que algumas acabaram de ser expelidas por erupções vulcânicas. A partir daqui avançamos para África e a idade
das rochas aumenta à medida que nos aproximamos deste continente. É a imagem
simétrica do padrão que está entre o rifte e a América do Sul. A rocha que provém das erupções ao nível do rifte
vai sendo acrescentada às duas placas divergentes e é depois arrastada em
sentidos opostos (o que por sua vez leva ao afastamento gradual dos dois
continentes que estiveram juntos num passado distante).
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