sábado, fevereiro 16, 2013

da Ignorância - nem tu Leibniz?

A consciência da ignorância deve, para os sábios, ditar normas de séria reserva perante a imensidão do que não sabemos e lançar-nos na construção daquilo que é possível e desejável, para que a sociedade não exemplifique o homo homini lupus que Thomas Hobbes tão bem caracterizou. Darwin e os neo-darwinistas, podem lembrar-nos da selva em que vivemos, mas não devemos resignar-nos a viver nela para sempre. 

Durante muito tempo aceitámos como unificadora e abrangente a visão de Sº Tomás de Aquino... Esquecemos que, praticamente em simultâneo, floresceu também a filosofia chinesa e árabe. 

Isto levo-nos a questionar se o conhecimento que cada um de nós possui (e que é de tal modo limitado) poderá alguma vez ser um conhecimento único, ou uno. Neste contexto a figura de Gottfried Leibniz salta logo à mente. Dizia-se em tempos que ele fora a última pessoa no mundo a dominar todo o conhecimento do seu tempo. Ficou-me da adoslescência essa ideia em mente, mas ao longo dos anos acabei vereficando que  não só ele não dominava todo o conhecimento do seu tempo (para começar apenas lidou com o conhecimento europeu), como muito do que ele sabia era superficial. Apesar de Leibniz ser um verdadeiro "omnimaníaco", como lhe chamou Matthew Stewart e de nos ter deixado 120 volumes de escritos, há que reconhecer as limitações do seu conhecimento...

Adaptado de "De Marx a Darwin", Onésimo de Almeida



 
A realidade é apenas a nossa ideia de realidade. Com a idade vamo-nos apercebendo que nem tudo é preto ou branco...há cinzas e outras que são coisa nenhuma. O que me parece claro é que só construiremos um mundo melhor, tendo cidadãos mais instruídos e melhor informados - daí a importância de uma escolarização de qualidade para todos!  

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