De acordo com Nicholas
Carr, finalista do prémio Pulitzer, a Internet está a alterar a nossa noção do
tempo e da realidade… segundo o autor:
“As conexões do
nosso cérebro formam-se durante esse período em que lançamos as fundações do
nosso modo de raciocinar que perdura o resto das nossas vidas. Se a maior parte
da nossa experiência se centra em olhar para um ecrã, em particular um ecrã de
computador, que encoraja mudanças rápidas na nossa atenção, o multitasking e a atenção repartida,
então esse passa o ser o modo como otimizamos o nosso cérebro para agir –
treinamo-nos a nós próprios para pensar dessa forma. Por outro lado, se não
dermos oportunidade para desenvolver outros modos de pensar mais atentos que
requerem concentração – o tipo de pensamento que é encorajado, por exemplo, por
um livro impresso, porque não há mais nada além das páginas –, isso vai influenciar
a forma como pensamos e mais especificamente a estrutura do nosso cérebro.
Essencialmente, estamos a fazer uma escolha ao disponibilizar a tecnologia para
crianças cada vez mais novas, estamos a fazer com que elas pensem de uma forma
que diria superficial, dando informação a toda a hora, dividindo a sua atenção.
Não penso que isto seja a primeira vez que isto acontece com a tecnologia, mas
a sociedade devia fazer julgamentos sobre a forma como usamos as nossas mentes
baseados no que a tecnologia tem de bom e de mau.”
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