sábado, novembro 03, 2012

do Conhecimento (ou da ignorância)

Conhecer, como criar, é compor metáforas, é estabelecer nexos e criar sentido para o que nos rodeia. A nossa criatividade baseia-se no derrube de fronteiras entre os campos do conhecimento. Tal devería levar a abolir o erro que constitui fazer uma distinção entre Letras e Ciências. Só a unificação das diferentes áreas do saber nos conduzirá ao conhecimento.

A realidade é contínua, porém, só a conseguimos entender porque a fragmentamos e categorizamos - é a nossa forma de apreender o mundo. No entanto esses procedimentos (fragmentação, categorização, divisão) apenas contribuem para forjar ideias erradas.
Poderá ser útil numa primeira fase de aprendizagem, mas se mais tarde não se partir para a síntese, ficaremos ainda mais ignorantes...


2 comentários:

Rui Areal disse...

Só existe conhecimento, e falso conhecimento. O problema é definir conhecimento... quando quiseres questionar o esquema que apresentaste, diz-me... teremos uma boa tarde filosófica pela frente... tem é que ser bem acompanhada de substância alimentar para os neurónios funcionarem... hehe

José Lourenço disse...

Viva Rui.
Concordo com a tua opinião. Não é nada fácil definir o que é conhecimento - é mais complexo do que aquilo que indica o diagrama.

Em teoria todo o conhecimento é verdadeiro, mas apenas provisóriamente...pois, de acordo com a falsificabilidade de Popper, apenas podemos provar que é falso. Caso passe no teste, apenas podemos dizer que não provámos a sua falsidade, mas nada mais do que isso.

Para todo o conhecimento atual, haverá um dia em que teremos uma situação a que ele não dará resposta...nessa circunstância, teremos que partir para outro paradigma (de acordo com Kuhn)...

Nada como discutir isto para breve...reconfortando o estômago em simultâneo :)