Na
perspetiva da genética evolucionista, os genes são os responsáveis
máximos pela natureza humana e eles próprios foram moldados por forças
da natureza que são completamente amorais. O interesse do Homem por
padrões éticos e convicções morais só existe, para os evolucionistas,
porque houve uma perpetuação de certos genes ao longo do tempo.
Este
processo evolutivo opõe-se naturalmente a qualquer livre arbítrio, pois
será ele que vai direcionar, quer o pensamento, quer a ação da
espécie humana.
É
admissível que uma pessoa possa escolher entre alternativas que se lhe
afigurem. No entanto, a ética é no fim de contas o resultado da
capacidade intelectual humana, que por sua vez surge com a evolução
biológica. O arbítrio não será assim tão livre como se poderia supor à
primeira vista.
Adaptado de A educação dos genes, Luís Bigotte de Almeida
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