Conhecida
por apple nas línguas anglo saxónicas e pomme na língua
francesa...Dizem os entendidos, que seguimos religiosamente, se bem que
que sem os citar com toda a carga académica e de veneração, que não é
que não mereçam, mas a natureza do texto não o permite, que essa palavra
de quatro letras apenas vem do latim mala/mattiana. Em português arcaico (séc XIII) a palavra surge, ainda não com quatro letritas, mas com cinco: maçaã.
Mattiana
(donde surgiu macieira) seria a capital dos Catos, um povo germânico,
localizados na proximidade da atual Metz. Passando da cidade de
Mattiana, para as maçãs, interessa-nos seguir um pouco pelo latim... Em latim, as palavras "mal" e "maçã", malum, são escritas da mesma forma, sendo a raíz da maçã latina originária do grego, mélon.
Naturalmente se percebe que, por esta coincidência vocabular, o fruto
da maldita Eva tenha sido, nas interpretações simplistas, a maçã e não o
morango ou a banana, tão mais doces e, convenhamos, mais eróticos.
A identificação da fruta do paraíso com a maçã não tem fundamento nenhum. Em hebraico, a palavra específica para maçã é תופח
(tappûªh). Podemos encontrar este vocábulo ligado à temática amorosa,
noutros locais, mas não no Génesis. Apesar desta palavra ser traduzida
por "maçã", nem sequer é seguro que a macieira fosse utilizada na antiga
Palestina.
Reza
a história que Eva, não seguindo os conselhos de Deus, preferiu ouvir a
ardilosa serpente, comendo o fruto proibido e dando a comer a Adão. No
seguimento dessa frugal e, logicamente, rápida merenda, repararam que
estavam nus e decidiram cobrir as "partes pudengas", descobertas nesse
preciso momento. Como se não bastasse, Adão ainda se engasgou e à sua
custa todos os homens têm um caroço no pescoço...
Adaptado de De Adão a Newton, Paulo Mendes Pinto
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