
Os economistas clássicos (Adam Smith, Jeremy
Bentham e William Petty…) destacavam três tipos de riqueza: terra, trabalho e
capital, mas agora os economistas concentram-se cada vez mais nos últimos dois
(direi mesmo apenas no último, vindo o trabalho a perder cada vez mais
importância social), negligenciando o aumento voraz da pegada ecológica e das
assimetrias sociais… Economistas como Kenneth Bouilding recomendam uma série de
melhorias, como substituir o PIB por medidas que dessem conta da degradação dos
recursos e dos estragos ambientais. O Matemático romeno, Nicholas Georgescu, refere
que a noção de crescimento económico contínuo, implícito na corrente
neoclássica, tem o mesmo problema de uma máquina de movimento perpétuo – viola
as leis da física, pois nada pode crescer para sempre…
Em 1992 Hyman Minsky afirmou que a economia tem
tendência para bolhas e crashes perigosos – em épocas de prosperidade a dívida
acumula-se, pois o êxito origina uma confiança cega (os espíritos animais de
Keynes…). O matemático Francês, Benoit Mandelbrot, já vinha afirmando desde os
anos 60 que os dados económicos acumulados não seguiam uma curva sinusoidal –
como predizia a hipótese do mercado eficiente – antes eram descritos por uma
distribuição da lei da potência, semelhante à dos terramotos…as ferramentas de
análise de risco baseadas na curva sinusoidal subestimam perigosamente a
probabilidade de ocorrerem crashes…
A solução será almejar aquilo que John Stuart
Mill chamara de economia estabilizada, que manteria a atividade económica
dentro de limites ecológicos, conservaria os recursos para as gerações
futuras…Ricardo Daly defende que a sustentabilidade ambiental também deve estar
ligada à justiça social, caso contrário irá criar tensões sociais enormes…é
necessário criar limites, mínimo e máximo, para os salários de forma a reduzir
as desigualdades. A economia em vez de centrar-se na engenharia e na física,
deveria moldar-se mais à imagem das ciências da vida…
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