Avançando
a partir do mecanismo central, houve áreas onde a teoria Darwinista foi
profética (como por exemplo na distribuição biogeográfica). Segundo ela
podemos inferir que os organismos de cada ilha serão aparentados com os
do continente próximo.
2 - Coerência interna
A
teoria não é incoerente (não encerra contradições). Um
dos problemas foi o de tentar aplicar a luta pela sobrevivência (de
forma sistemática e a todos os seres vivos) do ponto de vista
individual...então e os insetos sociais? (só Hamilton, 100 anos depois, se aproximaria de uma resposta satisfatória).
3 - Consistência externa
3 - Consistência externa
Quando Lord Kelvin calculou a idade da Terra em cerca de 25 M.a, a teoria de Darwin vacilou e quase foi ao tapete...
mais tarde verificou-se que a idade da Terra seria de 4,6 biliões de
anos (tempo esse que já era compatível com a ação da selecção natural).
O lado irónico é o facto de serem os Físicos a estarem errados -
gloriosamente errados - e não a biologia evolutiva de Darwin.
4 - Poder unificador
Neste
aspecto mostra todo o seu valor, unificando numa única, todas as áreas
díspares, até então, da Biologia. Como diria mais tarde T. Dobansky: "nada em Biologia faz sentido a não ser à luz da evolução.".
5 - Fertilidade
A teoria encerra em si um elevado potencial, possibilitando novos caminhos de investigação.
Em relação à simplicidade, ela surge, ou não, dependendo do olhar que contempla a obra. Não é fácil assumir esta obra como simples, mas se a olhar-mos pela capacidade do poder unificador, ela é elegantemente simples.
Embora "A origem das espécies" não seja uma obra perfeita, ela representa um salto quântico acima de toda e qualquer coisa (até ela e depois dela) oferecida para explicar as origens e evolução da vida!
Adaptado de O mistério de todos os mistérios, Michael Ruse
Sem comentários:
Enviar um comentário