Raramente temos uma atitude positiva, virada para o futuro, em que valorizamos o que somos e as capacidades que temos. Parece que gostamos da nossa "pouca sorte", dos nossos fracassos e infelicidades. Aliar este sentimento de pena de si próprio a um outro defeito talvez ainda mais devastador, em que o "sucesso" de alguém é sempre atribuído à sorte e não ao trabalho, ao estudo e à vontade de vencer, só pode ser contraproducente.
Uma das lacunas mais facilmente detetáveis na sociedade portuguesa é a da cultura científica. É evidente a dificuldade de muitos para analisar, interpretar, racionalizar e descrever qualquer acontecimento ou fenómeno, por mais simples que seja. O ensino experimental, ao contrário do que se afirma, não está diretamente relacionado com equipamentos de última geração ou com laboratórios sofisticados. A experimentação pode ser levada a cabo com recursos simples, sendo sobretudo o resultado de uma atitude e de uma inicativa do professor. Claro que há medida que se caminha para o final do ensino básico e em especial no ensino secundário a experimentação deve ter outro grau de sofisticação, que implica estruturas e recursos mais "pesados".
Adaptado de Se não estudas estás tramado, Marçal Grilo
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