É provável que a sequência de acontecimentos que ocorreram no nosso planeta - a extinção dos dinossáurios, por exemplo - não tenham ocorrido exactamente do mesmo modo noutros locais do universo. Mas deve ter havido muitas vias funcionalmente equivalentes que conduziram ao resultado final a que chamamos vida. Os registos fósseis apoiam a ideia de uma tendência progressiva no sentido da inteligência. Não há nada de misterioso nisto: Os organismos mais inteligentes sobrevivem melhor do que os estúpidos. Uma vez que os seres inteligentes puseram em prática uma tecnologia que lhes dá a capacidade de se autodestruírem, as vantagens da inteligência tornam-se, afinal, duvidosas. Os organismos inteligentes que evoluíram noutros locais do Universo podem não ser como nós. Muito provavelmente desenvolveram outros sistemas de adaptação, a fim de fazerem face ás circunstâncias dos seus meios. Mas é definitivo que se confrontam com as mesmas leis naturais. É provável que o os seus cérebros, tal como os nossos, tenham vários componentes que se foram sobrepondo devido à evolução. É também possível que exista uma certa tensão entre esses componentes, tal como acontece connosco, embora o traço distintivo de uma civilização bem sucedida e duradoura seja a capacidade de conseguir um equilíbrio entre os vários componentes do cérebro.Adaptado de Os dragões do éden, Carl Sagan
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