e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem
pisam as flores,matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
** Poeta Russo (1893-1930)
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